Evento debateu diploma obrigatório, combate às fake news e desinformação nos desertos de notícias | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) divulgou uma carta com os principais pontos debatidos durante a 3ª Semana Nacional de Jornalismo, realizada de 7 a 11 de abril nas cidades de Curitiba, Fortaleza, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
No documento, a ABI agradece o apoio de universidades e entidades da sociedade civil, ao mesmo tempo em que reafirma compromissos com a democracia, os direitos humanos e a liberdade de imprensa e de expressão.
Entre os temas discutidos durante o evento, ganham destaque a defesa do diploma de jornalismo como exigência para o exercício profissional, a regulamentação das big techs, o combate às fake news, o papel do jornalismo na disputa de narrativas e a importância da comunicação comunitária.
>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<
A carta chama atenção para os chamados “desertos de notícias”, regiões com pouca ou nenhuma cobertura jornalística, onde a ausência de informação confiável favorece a propagação de fake news. Para a ABI, é essencial o investimento em produção de conteúdo local, garantindo o direito à comunicação para toda a população.
A entidade também propõe um debate urgente sobre a regulação das big techs, classificando essa agenda como uma “tarefa civilizatória”. Segundo a ABI, não é aceitável que plataformas digitais lucrem com discurso de ódio e conteúdos criminosos.
Outro alerta do documento é para a transformação de parte da mídia comercial em instrumentos políticos alinhados à extrema direita, o que teria colaborado para o esvaziamento de reportagens jornalísticas nas grandes redações e fortalecido a desinformação nas redes sociais.
Diante desse cenário, a ABI defende o fortalecimento de comunicadores populares, comunitários e independentes, que estariam mais conectados com a realidade da população e conscientes da responsabilidade social da informação.
“A comunicação precisa estar a serviço da verdade, da justiça social e da democracia. O jornalismo é, ele mesmo, um direito. Onde ele se ausenta, a democracia desaparece”, conclui o texto da ABI.
Leia também | Ataque russo deixa 32 mortos e mais de 80 feridos em Sumy, na Ucrânia