Investigação: Polícia Federal desmantela quadrilha que fraudava benefícios no aplicativo Caixa Tem Operação Farra Brasil 14 cumpriu mandados no Rio de Janeiro contra grupo que pagava propinas para desviar recursos de programas sociais do governo
Fraudes no Caixa Tem podem ter causado prejuízo de R$ 2 bilhões desde 2020, diz Polícia Federal | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (15), a Operação Farra Brasil 14, no Rio de Janeiro, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes por meio do aplicativo Caixa Tem. Segundo a PF, o grupo criminoso pagava propinas a funcionários da Caixa Econômica Federal e de lotéricas para obter acesso irregular a valores pagos por programas sociais do governo federal.
Durante a ação, foram apreendidos 20 celulares, seis notebooks, dois veículos e documentos, que agora passarão por perícia técnica para aprofundar as investigações.
Desde a criação do Caixa Tem, em abril de 2020, já foram registrados aproximadamente 749 mil processos de contestação envolvendo quase R$ 2 bilhões em valores suspeitos, segundo a Coordenação de Repressão a Fraudes Bancárias Eletrônicas da PF.
As fraudes atingem principalmente beneficiários de programas sociais, mas também trabalhadores que recebem FGTS e Seguro-Desemprego por meio do aplicativo.
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PF cumpre 23 mandados e Justiça impõe medidas contra 16 investigados
A operação mobilizou cerca de 80 agentes da Polícia Federal, que cumpriram 23 mandados de busca e apreensão em sete cidades fluminenses: Niterói, Rio de Janeiro, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí, Macaé e Rio das Ostras. Além disso, a Justiça Federal determinou medidas cautelares para 16 investigados, em substituição à prisão.
Os envolvidos responderão por diversos crimes, como organização criminosa, furto qualificado, corrupção ativa e passiva, e inserção de dados falsos em sistemas de informação, com penas que podem ultrapassar 40 anos de reclusão.
A Caixa Econômica Federal, por meio de nota oficial, informou que colabora com as investigações, mantendo cooperação contínua com os órgãos de segurança pública e reforçando que os dados dos clientes são protegidos por tecnologias avançadas e monitoramento constante.
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