

Cores das tarjas indicam grau de risco e exigência de prescrição médica | Foto: divulgação
09 de outubro de 2025 — As tarjas coloridas nas embalagens de medicamentos — preta, vermelha e amarela — funcionam como um sistema de alerta visual para orientar o uso seguro dos remédios e indicar o grau de risco à saúde. A classificação, estabelecida por normas do Ministério da Saúde e da Anvisa, também determina as condições de venda, prescrição e controle de cada medicamento.
De acordo com o farmacêutico Maurício Filizola, diretor do Sincofarma Ceará e presidente da Rede de Farmácias Santa Branca, as cores são fundamentais para conscientizar o consumidor. “Os medicamentos são eficazes e seguros, desde que utilizados com acompanhamento médico e de forma adequada. O risco está na automedicação e no uso incorreto”, alerta.
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A tarja preta indica medicamentos com potencial para causar dependência física, psicológica ou química. Eles agem diretamente no sistema nervoso central, podendo causar sedação e, em casos de uso indevido, até risco de morte.
Nessa categoria estão a maioria dos remédios para saúde mental, como antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos. A compra só é permitida mediante prescrição especial — geralmente uma receita azul, que fica retida na farmácia.
Esses medicamentos são rigorosamente controlados pelo governo, devido aos efeitos colaterais e contraindicações.
A tarja vermelha identifica medicamentos de uso controlado, que só podem ser adquiridos com prescrição médica ou odontológica. Enquadram-se nessa categoria os remédios de uso contínuo, como os utilizados no tratamento de pressão alta, diabetes e infecções bacterianas.
Alguns desses medicamentos exigem retenção da receita, especialmente os antibióticos, que possuem controle especial de venda.
A tarja amarela é usada exclusivamente nos medicamentos genéricos, sempre acompanhada da letra “G”. Esses produtos são identificados pelo nome da substância ativa, e não pela marca comercial.
Segundo Filizola, os genéricos são seguros, testados e têm eficácia comprovada, sendo uma opção mais acessível e com o mesmo padrão de qualidade dos medicamentos de referência.
Quando o medicamento não possui tarja, significa que é isento de prescrição médica — os chamados MIPs (Medicamentos Isentos de Prescrição). Eles são indicados para sintomas leves e doenças de baixa gravidade, como antitérmicos, antiácidos e analgésicos.
Apesar de considerados seguros, o uso deve seguir as orientações da bula e do farmacêutico. “Todo medicamento usado de forma inadequada pode causar reações adversas, alergias e até risco de morte. O mais importante é evitar a automedicação”, reforça Filizola.
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