Polícia desvenda como funcionava o complexo esquema de lavagem de dinheiro entre Rio de Janeiro (CV) e São Paulo (PCC) que era operado por Tiago Ferreira dos Santos | Fotos: reprodução
Investigações da Polícia Civil desvendaram um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 6 bilhões em um ano, envolvendo uma aliança estratégica entre o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação resultou na prisão de Tiago Ferreira dos Santos, considerado o elo financeiro entre as facções, em São Paulo.
O grupo utilizava diversas empresas de fachada distribuídas entre Rio de Janeiro e São Paulo, além de um banco digital, para ocultar a origem ilícita dos recursos. O dinheiro proveniente do tráfico de drogas era depositado em espécie em agências bancárias, frequentemente em notas de baixo valor e em condições inadequadas, como envelopes mofados com odor de drogas.
Uma perfumaria em São Paulo, movimentando R$ 155 milhões em um ano, servia como fachada para a lavagem de dinheiro. Além disso, recursos eram direcionados a floriculturas, empresas de transporte e uma plataforma contábil que registrou transações de R$ 100 milhões em três meses.
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O banco digital 4TBANK, com movimentação de R$ 1,4 bilhões entre janeiro e maio de 2024, era utilizado para transferir recursos a instituições financeiras em regiões de fronteira com países produtores de drogas, como Bolívia e Paraguai. Parte dos recursos retornava ao CV por meio de empresas fantasmas no Rio de Janeiro, reforçando a estrutura financeira da facção.
Tiago Ferreira dos Santos, identificado como operador financeiro e elo entre PCC e CV, foi preso em Franca, São Paulo. Ele enfrentava acusações de organização criminosa, lavagem de dinheiro e operação irregular de banco associado ao PCC. A ação contou com a colaboração de diversas unidades policiais, incluindo a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e a Polícia Civil de São Paulo.
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