Fim da novela. A justiça australiana escreveu o epílogo, capítulo final da novela que envolvia a permanência do tenista sérvio Novak Djokovic em Melbourne, capital da Austrália. O visto do número 1 do mundo foi cancelado e ele será deportado.
O caso foi julgado neste domingo (16/01) pela corte australiana. Era a última esperança de Djokovic que desejava disputar o Aberto de Tênis da Austrália, primeiro Grand Slan do ano. Mas, no julgamento final, o júri decidiu que o tenista sérvio ficará com o visto cancelado e, portanto, impossibilitado de disputar a competição de tênis. O atual campeão do torneio buscaria o recorde de 21 títulos no Grand Slam. Agora, além de ser deportado, ele ainda terá que arcar com os custos do julgamento, que durou quase nove horas.
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O Aberto de Tênis da Austrália havia agendado a estreia de Djokovic no Grand Slam para esta segunda-feira (17/01), contra o também sérvio Miomir Kecmanovic. O horário do jogo só seria confirmada caso o número 1 do mundo tivesse o visto de permanência no país aprovado novamente, mas o objetivo foi frustrado.
A novela sobre a participação ou não do tenista Novak Djokovic no Aberto da Austrália na quarta-feira (5/01), assim que ele desembarcou em Melbourne. Embora tivesse uma isenção médica para a exigência de vacinação contra o novo coronavírus (covid-19) do país para jogar no Aberto da Austrália, o serviço de imigração entendeu que ele precisaria apresentar, na verdade, um comprovante válido de vacinação contra a doença.
O tenista, então foi detido, e mandado para o Park Hotel, onde ficou detido por quatro dias. Na segunda-feira (10/01), o juiz Anthoy Kelly, do governo australiano, anulou a detenção de Novak Djokovic e permitiu a participação dele no torneio de tênis. Mas, na última sexta-feira (14/01), o Ministro da Imigração, Alex Hawke, protagonizou um novo revés para o sérvio confirmando a revogação do visto dele.
Apesar da revogação, a deportação do atleta não foi autorizada imediatamente. O destino foi definido durante sessão extraordinária da Corte Federal composta pelos membros James Allsop, Anthony Besanko e David O’Callaghan, que determinaram a deportação de Djokovic.
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Durante o julgamento, o advogado do governo australiano Stephen Lloyd argumentou que a presença de Novak Djokovic na Austrália poderia influenciar outras pessoas por se tratar de uma celebridade. Na visão de Lloyd, o tenista “com ou sem razão”, está endossando uma visão antivacina.
Ainda de acordo com o advogado, o ministro da Imigração, Alex Hawke, não precisa esperar evidências de que Djokovic esteja influenciando as pessoas para cancelar o seu visto, bastando apenas que exista esse risco. A defesa do atleta sustentou que o número 1 do mundo não fez campanha contra a vacina, apesar dele ter se posicionado publicamente contra a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19.
Os advogados de Djokovic também alegaram que o ministro australiano não considerou as consequências do cancelamento do visto do tenista. O representante do governo australiano respondeu afirmando que Alex Hawke estava ciente de tudo que sua decisão poderia acarretar, principalmente a respeito dos ativistas antivacina. Stephen Lloyd acrescentou que o ministro também estava ciente das consequências caso não cancelasse o visto de Novak Djokovic.
A audiência chegou a ser interrompida por uma hora para que os presentes pudessem almoçar. Antes da paralisação, no entanto, os representantes dos dois lados (Djokovic e governo australiano) fizeram a exposição dos seus argumentos. Enquanto a defesa do tenista lutava para que o visto fosse restabelecido, as autoridades da Austrália defendiam o seu cancelamento, assim como o banimento do sérvio do Australia Open e a sua deportação do país, tese que acabou se sobressaindo e definiu o futuro do tenista na competição.
O Australia Open seguirá sem o número 1 do mundo, que será substituído por um “lucky loser” (perdedor sortudo), que é um tenista que foi derrotado no qualificatório do torneio, mas que irá herdar essa vaga que se abriu por conta da eliminação de Novak Djokovic. A organização do torneio ainda não comentou publicamente a decisão da justiça australiana.
Com informações do G1
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