O Paço Imperial, situado na Praça 15, região central do Rio de Janeiro, sedia a partir deste sábado (18/12) as exposições Dobras e Como Não Subir Uma Escada, resultantes do primeiro programa de residência em curadoria artística da Casa da Escada Colorida, conduzido pela curadora independente Fernanda Lopes.
Os grupos tiveram como material de trabalho obras dos artistas participantes dos dois outros programas da Casa: a Residência-Ateliê e a Residência de Acompanhamento Crítico Virtual.
As exposições poderão ser visitadas pelo público até o dia 20 de fevereiro, de terça-feira a domingo. São peças de 35 artistas brasileiros da nova geração participantes.
A Casa da Escada Colorida é um espaço independente de arte que abriga programas de residência artística e de curadoria, multidisciplinares. O projeto visa fortalecer a comunidade artística e democratizar a cultura por meio de educação, geração de oportunidades e processos de gestão cultural. A Casa da Escada Colorida está localizada na Escadaria Selarón, na Lapa, e conta com ateliês, cursos, oficinas, eventos, cineclube, além de promover exposições dos residentes e de artistas convidados.
Esta é a primeira edição do projeto Residente-Residência da Casa da Escada Colorida, disse uma das gestoras do espaço independente de arte, Rachel Balassiano. A residência criou um modelo de parceria institucional, onde os residentes em arte e curadoria podem fazer “moradas temporárias” em outros espaços-casa que acolham pensamentos do fazer coletivo e independente semelhantes.
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O fotógrafo Tomaz Silva disse que já há algum tempo queria fazer algo diferente de sua atividade profissional jornalística do dia a dia. “Quando eu achei a residência (da Casa da Escada Colorida), percebi que eram pessoas muito diversas. Tanto diversas como técnicas artísticas, como tipos de pessoas, classes sociais. Quando vi essa diversidade, gostei mais ainda, porque a gente sempre está aprendendo algo novo nas oficinas. Por exemplo, eu dei oficinas de fotografia e temos aulas de desenho agora com outros integrantes da residência”.
Silva salientou que, para o grupo de residentes, a experiência de “contaminação” que acontece é muito interessante. “Porque, quando você está muito junto de outras pessoas que também estão fazendo arte, você meio que se contamina. É uma contaminação boa. Você cresce. E com essas oficinas, a gente aprofunda mais ainda”.
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O Paço Imperial é a primeira coabitação a se tornar realidade. “Estamos levando a Casa da Escada Colorida para um outro espaço cultural, que está abraçando o projeto, que é grande e tem tantos artistas envolvidos”, afirmou Rachel Balassiano.
Ela disse que o Paço “é uma instituição que tem o perfil de abrigar e se abrir para novos artistas. Eles sempre cedem algumas salas para incentivar exposições institucionais independentes. É uma característica da gestão, que casou muito bem com a nossa proposta, que tem o objetivo de ser um espaço independente de arte”.
Da exposição Dobras, participam os residentes em curadoria: Danniel Tostes, Gisele Andrade, Nathália Cipriano, Paula Peregrina, Rachel Balassiano, Rafael Amorim, Rayssa Veríssimo, Renato Menezes e Roberta Ristow. De Como Não Subir Uma Escada: Bia Coslovsky, Caroline Fucci, Edmar Guirra, Isabelle Baroni, Napê Rocha e Raquel Vieira.
Da exposição Dobras, participam ainda os artistas: Amanda Coimbra, Arorá Alves, Bianca Madruga, Clarisse Veiga, Fel Barros, Marcelo Albagli, Matheus Varaschin e Tomaz Silva. De Como Não Subir Uma Escada: Alexandre Paes, Allan Pinheiro, Amauri, Bruna Alcântara, Carlos Matos, Graziella Bonisolo, Herbert Amorim, Lucas Botelho, Luiz Martins, Luiza Furtado, Racquel Fontenele e Sofia Skmma.
Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro
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