

Palácio do Congresso Nacional, em Brasília | Foto: Carlos Moura/Agência Senado
13 de outubro de 2025 — O governo federal iniciou uma ampla reorganização da base aliada no Congresso Nacional, exonerando indicados políticos que votaram contra ou se abstiveram em pautas consideradas estratégicas pelo Palácio do Planalto. As demissões começaram a ser publicadas no Diário Oficial da União na última sexta-feira (10) e atingem cargos regionais em diversos órgãos federais.
A medida ocorre após a votação da Medida Provisória que previa o aumento da tributação sobre casas de apostas (“bets”), fintechs e letras de crédito, considerada pelo governo um “divisor de águas” na avaliação da fidelidade dos aliados.
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Segundo fontes da CNN Brasil, o governo pretende redistribuir os cargos exonerados a parlamentares que demonstraram lealdade em votações recentes, além de atrair novos apoios para reforçar a base governista.
“O objetivo é prestigiar quem entrega votos e fortalecer a aliança com quem quer, de fato, integrar a base”, afirmou uma fonte ligada à articulação política do Planalto.
A votação da MP, que registrou 251 votos favoráveis e 193 contrários, foi vista como o último teste de paciência do governo com partidos que mantinham cargos, mas votavam contra as orientações da liderança governista.
Entre os primeiros atingidos pelas medidas estão indicados do PSD, partido que havia orientado contra a votação da MP. A proposta era considerada essencial para garantir um alívio fiscal estimado em R$ 17 bilhões em 2026, ano eleitoral.
Além disso, indicações políticas na Caixa Econômica Federal feitas por partidos como PP e PL também foram alvo das exonerações. Um dos nomes demitidos foi José Trabulo Junior, ex-consultor da presidência do banco, ligado ao senador Ciro Nogueira (PP-PI) — ex-ministro do governo Bolsonaro e hoje um dos principais articuladores da oposição.
Nos bastidores, parlamentares aliados avaliam que as demissões representam um recado claro do governo de que a ocupação de cargos será condicionada ao apoio efetivo nas votações.
Deputados e senadores da base consideraram a decisão positiva, argumentando que não havia coerência em manter indicados de quem vota contra o Planalto.
A expectativa é que a recomposição da base ocorra nas próximas semanas, com a nomeação de novos aliados e a reestruturação de espaços estratégicos em órgãos federais.
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