Operação investiga crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro | Foto: divulgação/Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) realizaram uma operação conjunta para desarticular um esquema criminoso de fraudes em licitações, que teria causado desvios milionários em contratos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). A terceira fase da Operação Overclean cumpre 16 mandados de busca e apreensão e um afastamento cautelar de um servidor público, conforme ordem do Supremo Tribunal Federal.
As investigações apontam que o grupo é suspeito de cometer crimes como fraude licitatória, desvio de recursos públicos, peculato, corrupção (ativa e passiva), lavagem de dinheiro e obstrução de justiça. A operação tem ações em diversas cidades, incluindo Salvador, São Paulo, Belo Horizonte e Aracaju, e estima-se que o esquema tenha movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão através de contratos fraudulentos e obras superfaturadas.
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A CGU informou que o esquema atingiu principalmente a Coordenadoria Estadual da Bahia (Cest-BA) do Dnocs, mas também envolveu outros órgãos públicos que eram atendidos pela organização criminosa. Segundo a Controladoria, o esquema utilizava recursos obtidos por emendas parlamentares e convênios, direcionando-os para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais. Esse desvio financeiro era feito principalmente por meio de superfaturamento de obras.
Além disso, o esquema contava com o apoio de policiais que repassavam informações sigilosas para a organização criminosa, facilitando a execução dos crimes. A Receita Federal também teve papel importante nas investigações, que buscam desarticular a rede criminosa.
A CGU orienta que denúncias sobre fraudes e irregularidades como essas podem ser feitas anonimamente por meio da plataforma Fala.BR, disponível no site da Ouvidoria-Geral da União (OGU). Para realizar uma denúncia anônima, basta preencher um formulário eletrônico e escolher a opção “Não identificado”.
A Operação Overclean teve início em dezembro de 2024 e, até o momento, já desmantelou diversas frentes criminosas ligadas ao desvio de recursos públicos e superfaturamento de contratos.
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