A farmacêutica Pfizer anunciou, na terça-feira (18/01), que obteve sucesso nos estudos realizados em laboratório com o tratamento oral Paxlovid contra a variante Ômicron do novo coronavirus, causador da covid-19.
Em nota, a empresa informou que as pesquisas sugerem que o tratamento “tem o potencial de manter concentrações de plasma muito superiores à quantidade necessária para evitar que o vírus se replique nas células”.
O medicamento Paxlovid obteve autorização de emergência nos Estados Unidos (EUA) e em outros países e, segundo os estudos, reduz risco de hospitalização ou morte em cerca de 90%, comparado com placebo em doentes de alto risco, quando são tratados nos cinco primeiros dias desde o aparecimento dos sintomas. O tratamento combina nirmatrelvir, que bloqueia a replicação do vírus mediante inibição da enzima proteasa, e o ritonavir, cuja função é aumentar a duração do efeito.
“Desenhamos especificamente o Paxlovid para manter a atividade face ao novo coronavirus, bem como às variantes que atualmente causam preocupação e que têm predominantemente mutações nas proteínas das espículas”, disse o chefe científico da Pfizer, Mikael Dolsten, citado no comunicado.
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Estudo in vitro feito pela Pfizer provou a eficácia da nirmatrelvir contra a enzima Mpro, que o novo coronavirus necessita para se replicar e que é partilhada pelas distintas variantes, incluindo a variante Ômicron.
“Os resultados mostraram, em todos os casos, que o nirmatrelvir é potente inibidor”, segundo o texto.
Para Kris White, professor de microbiologia do Centro Icahn do Hospital Monte Sinai, em Nova York, é animador ver como os primeiros dados mostram que o tratamento oral mantém “atividade viral in vitro” contra a Ômicron.
O Centro Icahn realizou, com a Pfizer, outro estudo de laboratório para determinar a efetividade do tratamento com Paxlovid contra a Ômicron e outras variantes.
Em dezembro, a Agência Europeia de Medicamentos assegurou que o Paxlovid pode ser usado para tratar os adultos com covid-19 que não requeiram oxigênio suplementar e que tenham maior risco de desenvolver forma grave da doença.
Com informações da RTP/Agência Brasil
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