O Parque Estadual Botânico do Ceará (PEBCE) comemorou, nessa segunda-feira (9), 28 anos de criação. Localizado em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza, e distante 15 quilômetros da Capital cearense, o local, que foi criado pelo Decreto Estadual nº 24.216, de 9 de setembro de 1996, para preservar a flora, a fauna e assegurar o equilíbrio de uma teia litorânea formada por Mata de Tabuleiro, de Caatinga, de Mata Atlântica, de Cerrado e de Manguezal, tornou-se um importante espaço de lazer e educação ambiental do Estado.
Gerido pela Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), o Botânico é uma Unidade de Conservação (UC) estadual, categoria Proteção Integral, que ocupa uma área de 190 hectares. Conta com Museu do Meio Ambiente; Orquidário; Meliponário; Viveiro de mudas; Banco de sementes e Horto de Plantas Medicinais. Além de trilhas ecológicas; áreas para piqueniques e um espelho d’água, que convida à contemplação da natureza e meditação.
George Feijão é gestor da UC desde 2015, e tem o grande desafio de estimular o sentimento de pertencimento do espaço para a população local. “Aqui é uma área de proteção integral, com espaços maravilhosos de aprendizagem e de conhecimento, e no entanto, eu percebia que a população, principalmente de Caucaia, não tinha esse empoderamento, não conhecia esse patrimônio, que é do povo”, revelou.
Desafio aceito e cumprido, hoje, o Parque possui uma rotina intensa de visitas guiadas, oficinas e outras ações de Educação Ambiental. “Eu acredito que isso aconteceu! Nossa rotina tem três, quatro, às vezes cinco grupos visitando diariamente. Escolas de Caucaia e de outros municípios próximos, como Guaiúba, e principalmente de Fortaleza, não só escolas públicas, como também escolas privadas, trazem seus estudantes para visitarem e estudarem em nosso Parque”, informa George Feijão.
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De janeiro a agosto de 2024, mais de 16 mil pessoas visitaram o Parque Estadual Botânico do Ceará e a expectativa da gestão da área protegida é que este número chegue a 30 mil visitantes até o final do ano.
Durante as visitas guiadas, os educadores ambientais recebem os grupos no auditório, onde repassam informações importantes sobre a Área de Conservação e depois conduz os visitantes pelos espaços educativos.
O percurso inicia no Museu, local que conta a história do Parque por meio de uma linha do tempo e exposições de algumas espécies da fauna e flora local. A segunda parada é na Xiloteca, coleção botânica constituída por amostras de madeiras. De lá seguem para o fogão solar, equipamento que utiliza a energia do sol para cozinhar alimentos e depois partem para o orquidário, que possui cerca de 20 espécies de orquídeas – Plantas essenciais para a polinização na natureza e que são famosas por terem variadas formas, tamanhos e cores de flores.
O roteiro ainda contempla o meliponário, espaço destinado à criação de abelhas nativas sem ferrão e os viveiros de mudas, antes de seguir pela trilha ecológica que vai até o espelho d’água.
Uma das áreas mais visitadas e queridas do Parque são os viveiros que, produzem e fornecem mudas para reflorestamento, plantio em áreas públicas e para doação, além de promoverem ações de educação ambiental.
“No Viveiro de Produção de Mudas, a gente trabalha com três linhas de produção: plantas nativas florestais, ornamentais e medicinais. Aqui, os visitantes conhecem um pouco como acontece todo o processo de produção das mudas, desde a coleta da semente, na mata, até o estágio final onde ela é colocada no saquinho de polietileno”, explica o educador ambiental Joelson Luna.
O espaço produz as seguintes espécies nativas: Araticum do brejo; Cajueiro; Caraíba; Carnaúba; Ipê- roxo; Jenipapo-bravo e plantas medicinais como: Capim-santo, Corama, Citronela e Babosa, dentre outras.
Até julho deste ano, o equipamento produziu e distribuiu cerca de 51 mil mudas, que foram doadas para visitantes, escolas, prefeituras, movimentos sociais, agricultores, programas governamentais, instituições do terceiro setor, empresas privadas, dentre outros.
No momento, as doações estão suspensas, só voltando à normalidade em novembro próximo, após o período eleitoral.
O Parque Estadual Botânico do Ceará funciona de terça a sábado, das 8 às 17 horas e domingos e feriados das 8 ao meio-dia.
O agendamento para trilhas e visitas pode ser feito no site da Sema ou pelo E-mail: parquebotanico@sema.ce.gov.br.
Acompanhe o parque pelo instagram @diariodobotanico.
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