O centenário é um marco atribuído ao cearense Adhemar Bezerra de Albuquerque, que deu início a uma rica tradição cinematográfica no estado com a exibição de seu filme “Temporada de Futebol Maranhense no Ceará”, no extinto Cine Moderno, em Fortaleza, no dia 15 de outubro de 1924. Em 2018, a data foi instituída como o Dia do Audiovisual Cearense, conforme a LEI Nº 14.166, de autoria do então deputado estadual Artur Bruno.
Desde janeiro deste ano, o Cineteatro São Luiz tem celebrado o Centenário em diversas ações, começando com a inauguração da Sala Seu Vavá , mais nova integrante do circuito público de salas de cinema da Secretaria da Cultura do Ceará. O novo espaço amplia o acesso ao audiovisual no equipamento, que agora passa a contar com duas salas de cinema; a Sala Luiz Severiano Ribeiro, com 1.050 lugares, e a Sala Seu Vavá, com 45 lugares.
Em março, o São Luiz promoveu a mostra “L. C. Barreto: 60 Anos de Cinema Brasileiro”, em homenagem a um dos maiores produtores do cinema brasileiro, nascido na cidade de Sobral, Ceará.
O Cineteatro também realizou e apoiou importantes mostras e festivais locais e nacionais, tendo como parceiro instituições como a Cinemateca Brasileira , a Academia Brasileira de Cinema e o Instituto Cervantes, além de ter recebido mais uma edição do Sinistro Fest – Festival Internacional de Cinema Fantástico do Ceará, consolidando seu papel como referência no cenário exibidor brasileiro.
Entre 12 e 26 de outubro, a parceria com a Cinemateca continua. Dessa vez, o Cineteatro recebe a segunda edição da mostra “A CINEMATECA É BRASILEIRA”, com o título “Resistências Cinematográficas”, que também dá início à programação da 34ª edição do Cine Ceará, parceiro da iniciativa. Serão exibidos longas e curtas-metragens que revelam diversas abordagens da vocação democrática do país e sua resistência a retrocessos autoritários. Entre os filmes estão “Meu tio José” (2021) e “Jardim de guerra” (1968), além de “Arara: Um filme sobre um filme sobrevivente” (2017), que denuncia os horrores enfrentados pelos povos indígenas, e obras como “A opinião pública” (1966) e “Pra frente, Brasil” (1982), que contextualizam a atmosfera de opressão durante a ditadura.
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Em outubro, está lançada nova iniciativa do São Luiz em parceria com a Rádio Universitária FM, o podcast Perfil de Cinema. O projeto destaca grandes personalidades do cinema brasileiro e cearense e suas contribuições para o audiovisual, como o historiador de cinema Ary Bezerra Leite. Ele é o primeiro entrevistado do programa e a conversa está dividida em dois episódios, o primeiro foi transmitido dia 13 e o próximo será dia 27, ao vivo na Universitária FM 107,9 e no canal de Youtube do Cineteatro São Luiz, às 14h. Todos os episódios ficam disponíveis nas plataformas virtuais de ambos os parceiros.
Como parte das comemorações, o Cineteatro São Luiz realiza uma exibição especial do clássico “Corisco e Dadá” , do cineasta Rosemberg Cariry , no dia 15 de outubro, às 19h, com entrada gratuita. O filme, lançado originalmente em 1996 , é uma das obras mais representativas da fase conhecida como a Retomada do Cinema Brasileiro. Com uma oportunidade única para o público cearense, a versão restaurada do filme entra novamente em circulação, como resultado de um extenso trabalho de recuperação, realizado com o apoio da Cinemateca do MAM-RJ , do Arquivo Nacional , da Link Digital , da Iluminura Filmes, da Sereia Filmes e da Mapa Filmes, a partir de negativos de imagem e som originais.
Ainda no dia do centenário do audiovisual cearense, 15 de outubro, às 16h30, o Cineteatro irá exibir o média-metragem “Ibaretama, a luz da Serra Azul”, dirigido por Neto Melo e Roberto Bomfim. O documentário revela a história de Ibaretama, uma cidade cearense com 36 anos de emancipação, profundamente enraizada na herança cultural de seus povos originários, europeus, indígenas e negros. Situada aos pés da Serra Azul, o filme explora as conexões históricas que moldaram o município, destacando sua importância no cenário cultural do Ceará e o vínculo profundo de seus habitantes com suas raízes. Entrada gratuita.
A programação especial “Ficções Cearenses” acontece entre 15 e 26 de outubro, composta por 11 longas-metragens de 12 cineastas do estado. A exibição, criada pela curadoria de cinema do São Luiz, inclui obras do gênero ficção que estrearam no circuito exibidor brasileiro nos últimos cinco anos, oferecendo ao público a chance de rever essas produções em sessões gratuitas, reforçando o compromisso do Cineteatro São Luiz em democratizar o acesso ao cinema.
Entre suas próprias programações, destaque para os projetos Férias no São Luiz, Cine Educação e diversas faixas de programação especial, além da exibição de filmes do circuito comercial, considerando sempre uma política de gratuidade para a ampla maioria de suas ofertas e garantindo, além da qualidade e diversidade da sua programação, acesso democrático e participativo à sétima arte.
Em outubro, o Projeto Escola no Cinema do Cineteatro São Luiz, a mais longeva política de formação de público escolar para o audiovisual da Secretaria da Cultura do Ceará, comemora 9 anos de existência, tendo, nesse período, beneficiado quase 120 mil crianças e adolescentes de Fortaleza e de outros 23 municípios cearenses, fato que reforça o compromisso do São Luiz com a educação e formação audiovisual democrática e inclusiva.
Ao longo de 2024, de janeiro a setembro, o Cineteatro São Luiz alcançou, para o conjunto de suas atividades ligadas ao cinema, um expressivo público de 80.936 espectadores, consolidando-se como um dos principais complexos de difusão cinematográfica no Brasil.
O compromisso com a cultura cearense e brasileira é reafirmado a cada evento e programação, e, no mês do Centenário do Audiovisual Cearense, o São Luiz promete novas iniciativas ainda em 2024, como uma chamada de ocupação cineclubista para a Sala Seu Vavá.
O Cineteatro São Luiz continua a ressignificar seu papel histórico como principal cinema da história do Ceará. Nas palavras do programador e curador de cinema do equipamento, Duarte Dias, “o São Luiz firma-se como um símbolo de resistência e valorização do cinema, promovendo um diálogo contínuo entre o passado, o presente e o futuro do audiovisual, e contribuindo para o fortalecimento das produções locais e nacionais ao tempo em que garante um acesso democrático e inclusivo à sétima arte”, afirma.
Por Ascom Cineteatro São Luiz
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