A “farmacinha doméstica” é praticamente um item obrigatório nas residências. Muitas pessoas costumam ter um pequeno estoque de medicamentos para combater problemas de saúde mais simples e frequentes, como dor de cabeça, febre, cólica, resfriados e problemas gastrointestinais, além dos kits de primeiros socorros para eventualidades. Porém, o que muitos não sabem é a necessidade de alguns cuidados que precisam ser tomados para conservar e descartar esses medicamentos.
“É fundamental armazenar os remédios de forma correta, pois eles podem estragar antes mesmo do vencimento se não forem bem conservados. A umidade, a luz e a temperatura podem interferir na fórmula”, alerta Maurício Filizola, farmacêutico e presidente da Rede de Farmácias Santa Branca.
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Os remédios devem ser mantidos em um local limpo, seco e em temperatura ambiente (entre 15° e 30°C), sem contato com a luz solar. Não devem ser guardados no banheiro devido a umidade do local, o mais indicado é em um armário fechado na cozinha. Além disso, é recomendado que eles fiquem em suas embalagens originais, para garantir a identificação e o controle de validade.
Só devem ser armazenados na geladeira remédios que têm essa indicação na bula ou na embalagem. “Caso se utilize alguma medicação que precise ficar na geladeira, nunca deve ser colocada na porta, pois a temperatura varia muito. A orientação é que fique na prateleira do meio”, explica Maurício Filizola, que também é diretor da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e diretor do Sindicato do Comércio Varejista dos Produtos Farmacêuticos do Estado do Ceará (Sincofarma).
“Se a pessoa faz uso de porta comprimidos, só deve colocar no recipiente o que será utilizado em até 48 horas. Eles não são indicados para armazenamentos mais longos”, destaca o farmacêutico. “É importante ficar muito atento ao prazo de validade, tanto no ato da compra como na indicação sobre a durabilidade do produto após ser aberto. Xaropes, antibióticos líquidos e colírios, principalmente, costumam ter o prazo de validade bem curto após o primeiro uso. Remédios vencidos podem não fazer o efeito desejado e provocar sérios riscos à saúde”, complementa.
Outra dica importante é prestar atenção aos sinais que evidenciam alterações no medicamento, como mudança de cor e gosto. Isso pode indicar inclusive a presença de microrganismos no produto. Na dúvida, é melhor procurar um farmacêutico.
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Os medicamentos não devem ser descartados em lixo comum, pois pode ocorrer o uso inadequado por outra pessoa, provocando sérias consequências para a saúde dela. Também não devem ser despejados em pias para evitar a contaminação de rios e córregos, prejudicando os animais, a flora e os seres humanos que fazem uso dessa água. Cientistas já comprovaram, por exemplo, que os antibióticos no meio ambiente aumentam a resistência das bactérias, causando impacto direto na saúde da população.
A Rede de Farmácias Santa Branca conta com o projeto “Descartômetro”, que são espaços onde a comunidade pode descartar medicamentos vencidos e os objetos usados para ministrá-los, além das embalagens. “Nós recolhemos esse material e destinamos à incineração, que é o descarte apropriado para não haver contaminação. Disponibilizamos esse serviço de forma gratuita, não fazendo distinção se o medicamento foi comprado na Santa Branca ou não”, destaca Lora Almeida, gestora de ESG e Projetos na Rede de Farmácias Santa Branca.
Entre as vantagens do processo de incineração estão a destruição total de substâncias que podem provocar doenças, a redução de 90% do resíduo inicial, o controle das emissões atmosféricas e a não contaminação de solos e mananciais. “A sua grande desvantagem é o alto custo. Mas nós que fazemos a Rede de Farmácias Santa Branca entendemos que é nossa responsabilidade contribuir para um meio ambiente mais limpo e seguro”, conclui Maurício Filizola.
As “farmacinhas caseiras” são indicadas para armazenar medicamentos de uso contínuo e os remédios que tratam problemas de saúde mais simples e temporários. Caso os sintomas persistam, o melhor é procurar um médico. A automedicação pode provocar dependência, ocultar uma doença séria, criar resistência a medicamentos, propiciar reação alérgica e intoxicação, entre outros problemas.
Fundada em 1986, vivenciando o propósito de cuidar das pessoas, a rede de Farmácias Santa Branca vem crescendo e tornando-se parte da vida dos cearenses. Está presente em Fortaleza e região metropolitana, assim como no interior do Estado do Ceará, somando 20 lojas, uma distribuidora e um centro de distribuição. Conta com mais de 200 colaboradores que atuam em oito municípios, oferecendo conforto e bem-estar aos seus clientes. Os seus proprietários e representantes legais, Laura Paiva e Maurício Filizola, que também são farmacêuticos, possuem a sensibilidade de ter uma visão privilegiada do próprio negócio e dos avanços do mercado como um todo.
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