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A escassez de mão de obra no setor de serviços e facilities tem se tornado um desafio crescente no Brasil. Empresas enfrentam dificuldades para contratar profissionais em áreas como limpeza, segurança, manutenção predial e apoio administrativo, o que impacta diretamente a qualidade dos serviços prestados. Especialistas apontam que o problema resulta de fatores econômicos, culturais e estruturais.
Segundo Edmilson Pereira, presidente da Federação Brasileira das Empresas Prestadoras de Serviços de Facilities (Febraf), a desvalorização dessas profissões é um dos principais fatores que afastam novos trabalhadores.
“O setor de serviços e facilities é essencial para o funcionamento de qualquer empresa, mas, infelizmente, muitas dessas carreiras ainda são vistas como subempregos. Isso reduz o interesse de novos profissionais em ingressar na área”, afirma.
A falta de reconhecimento, aliada à mudança no perfil demográfico da população, dificulta a reposição de trabalhadores. Além disso, a baixa oferta de formação técnica voltada ao setor agrava o problema.
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A escassez de profissionais qualificados afeta diretamente as empresas e consumidores. O setor enfrenta alta rotatividade, aumento de custos operacionais e dificuldades na manutenção da qualidade dos serviços.
“Sem estabilidade, o cenário de trabalho é prejudicado, gerando um efeito cascata no setor”, alerta Pereira.
Empresas acabam tendo que oferecer salários mais altos ou recorrer à contratação temporária, o que impacta a competitividade e os custos.
A Febraf defende medidas para reverter o cenário, como a valorização dos profissionais da área, com melhores condições de trabalho e salários compatíveis. Além disso, o investimento em formação técnica é essencial.
“É necessário que empresas e instituições de ensino criem parcerias para capacitar profissionais e alinhar as demandas do mercado à formação disponível”, destaca Pereira.
A tecnologia também pode ser uma aliada, com a automação de processos e uso de soluções digitais para reduzir a dependência de mão de obra intensiva.
A Febraf segue promovendo debates e buscando soluções para fortalecer o mercado de facilities no Brasil.
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