Após denúncia do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da 89ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, a 10ª Vara Criminal de Fortaleza sentenciou João Paulo e Silva Melo, presidente da Torcida Uniformizada do Fortaleza (TUF), e de Mateus de Sousa Matos, acusados de posse ilegal de artefatos explosivos e uso de material explosivo nas imediações de evento esportivo. Cada um foi sentenciado a 5 anos e 6 meses de prisão, a serem cumpridos em regime semiaberto.
De acordo com o processo, na noite do dia 27 de outubro de 2022, próximo à Arena Castelão, policiais militares que trabalhavam no entorno do estádio ouviram uma explosão na entrada onde estava a torcida da Jovem Garra Tricolor (JGT). Dirigindo-se ao local, os agentes foram informados de que pessoas em um veículo vermelho tinham sido as causadoras do estampido. Duas viaturas saíram em diligência e encontraram os suspeitos em uma caminhonete vermelha, na Avenida Alberto Craveiro. Na carroceria do carro foram encontrados 39 rojões, 13 explosivos caseiros (que arremessam pregos ao serem detonados), quatro bombas de efeito moral e dois cacetetes.
>>>SIGA O YOUTUBE DO PORTAL TERRA DA LUZ <<<
Acatando a denúncia do MPCE e buscando garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal, a Justiça sentenciou João Paulo e Mateus por porte material explosivo (Estatuto do Desarmamento) e provocar tumulto (Estatuto do Torcedor), fixando a pena, que deverá ser cumprida em regime semiaberto, em cinco anos e seis meses de prisão, cada.
O Núcleo do Desporto e Defesa do Torcedor (NUDTOR), do MPCE, acompanhou os tumultos ocorridos dentro e fora da Arena Castelão no dia 27 de outubro do ano passado, durante partida entre Fortaleza e Coritiba, pela Série A do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, 129 torcedores foram presos, incluindo o presidente da TUF e Mateus. Os outros 127 torcedores foram presos, dentro e nas proximidades da Arena Castelão, por envolvimento em brigas de torcidas organizadas.
Leia também | Brasil fica no 0 a 0 com Colômbia no Sul-Americano sub-20