O tenista número 1 do mundo e contrário à vacina, Novak Djokovic, disse nesta quarta-feira (12/01) que um “erro humano” seria o responsável por um engano em seus documentos de entrada na Austrália e pediu desculpas por quebrar o isolamento quando teve o novo coronavírus (covid-19), no mês passado, para uma sessão de fotos.
O sérvio, de 34 anos, busca um recorde na campanha pelo 21º título de Grand Slam no Aberto da Austrália, que começa na próxima segunda-feira (17/01), mas pode ser deportado pelo governo, que está descontente com sua dispensa médica da imunização contra o coronavírus.
Sem estar vacinado, Djokovic foi detido junto a requerentes de asilo em um hotel de detenção para imigrantes em Melbourne por vários dias antes que um juiz revertesse a decisão, afirmando que o cancelamento “não é razoável”, além de ordenar a liberdade de Djoko.
Apesar de agora treinar para o torneio em Melbourne Park, Djokovic ainda pode ter seu visto cancelado novamente caso o ministro da Imigração da Austrália, Alex Hawke, decida exercer seu poder discricionário.
A entrada de Djokovic na Austrália foi dificultada por um erro em sua declaração de viagem, onde estava marcada a opção “não” na caixa de resposta relativa à pergunta sobre se ele havia viajado para qualquer lugar nas duas semanas que antecederam sua chegada.
Na verdade, ele tinha ido da Sérvia para a Espanha.
“Isso foi enviado pela minha equipe de apoio, em meu nome, como disse aos funcionários da imigração na minha chegada, e meu agente pede sinceras desculpas pelo erro administrativo”, disse Djokovic em postagem no Instagram.
“Esse foi um erro humano, e certamente não foi deliberado. Estamos vivendo em tempos desafiadores, em uma pandemia global, e às vezes esses enganos podem acontecer”, afirmou.
Fornecer informações erradas no formulário acarreta uma pena máxima de 12 meses na prisão mais multa, e pode levar ao cancelamento do visto do infrator.
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Djokovic também se arrependeu de conceder uma entrevista e fazer uma sessão de fotos para o jornal francês L’Equipe em 18 de dezembro, enquanto estava infectado com covid-19 pela segunda vez.
“Eu não queria decepcionar o jornalista, mas assegurei-me de praticar o distanciamento social e usar uma máscara, exceto quando minha fotografia estava sendo tirada”, declarou.
“Enquanto voltava para casa após a entrevista para me isolar pelo período necessário, ao refletir, isso foi um erro de julgamento e aceito que deveria ter remarcado esse compromisso”, disse.
O visto de Djokovic foi inicialmente cancelado, pois o atleta não foi vacinado, e seu pedido de dispensa médica [fundamentado no fato de que ele contraiu covid-19 no mês anterior] não foi considerado satisfatório.
A Austrália tem uma política de impedir a entrada de não cidadãos e não moradores no país a não ser que estejam totalmente vacinados contra a covid-19, apesar de oferecer exceções e dispensas médicas.
Por Sonali Paul, Courtney Walsh e Byron Kaye – Melbourne (Austrália)
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