A jornada da seleção feminina de futebol na Copa América deste ano, na Colômbia, começa neste sábado (9), às 21h (horário de Brasília), diante da Argentina, no estádio Centenário, em Armenia. As brasileiras estão no Grupo B, ao lado, também, de Uruguai, Venezuela e Peru.
O torneio reúne as dez seleções da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), separadas em dois grupos de cinco, onde jogam entre si. As duas melhores de cada chave avançam às semifinais. O Grupo A, da anfitriã Colômbia, ainda reúne Equador, Chile, Paraguai e Bolívia.
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O Brasil entra na competição com três objetivos. O primeiro deles é garantir lugar na Copa do Mundo do ano que vem, na Austrália e na Nova Zelândia. Para isso, as comandadas de Pia Sundhage devem encerrar o torneio entre as três primeiras colocadas. Se ficar em quarto ou quinto lugar, a seleção terá que disputar uma seletiva internacional.
Outra meta é assegurar uma das duas vagas sul-americanas à Olimpíada de Paris (França), destinadas ao campeão e ao vice da Copa América. Por fim, as brasileiras miram o oitavo título em nove edições do torneio, sendo o quarto consecutivo. Somente em 2006, na Argentina, quando as anfitriãs levaram o troféu, é que a taça não foi erguida pelo time canarinho.
Na Colômbia, Pia vive a expectativa de conquistar o primeiro título oficial à frente da seleção feminina. A técnica foi campeã do Torneio Internacional de Manaus do ano passado, após vitórias sobre Índia, Venezuela e Chile na Arena da Amazônia, mas a competição era amistosa. A sueca de 62 anos comandou a equipe em 36 ocasiões desde agosto de 2019. Foram 19 vitórias, 11 empates, seis derrotas, 88 gols marcados (2,44 de média) e 30 sofridos (0,83).
O retrospecto da técnica contra rivais sul-americanos é bastante positivo. Em nove confrontos, são oito triunfos e apenas um empate, com 36 gols anotados (média de quatro por partida) e somente quatro sofridos (0,44 de média). A Argentina, adversária deste sábado, foi a rival mais vazada (16 vezes em quatro jogos), mas o Equador foi o time que mais sofreu nas mãos de Pia: em dois encontros foram duas goleadas brasileiras (6 a 0 e 8 a 0).
Pia anunciou as convocadas no último dia 6 de junho. A relação de 23 nomes sofreu duas alterações, com os cortes da goleira Lelê, do Corinthians, e da atacante Gabi Nunes, do Madrid CFF (Espanha), ambas contundidas, dando lugar à goleira Natascha (Flamengo) e à meia Duda Sampaio (Internacional). Esta última tinha sido chamada como “suplente” na lista original da Copa América. O Timão é o time com mais representantes. São quatro: a lateral Tamires, a volante Luana – que estava no Paris Saint-Germain (França) na época da convocação – e as atacantes Adriana e Gabi Portilho.
É a primeira vez, desde 2003, que o Brasil disputa uma competição oficial sem o trio Formiga-Marta-Cristiane, que fez história vestindo a camisa amarelinha. A volante de 44 anos, atualmente no São Paulo, aposentou-se da seleção. A meia-atacante de 36 anos, seis vezes eleita a melhor jogadora do mundo e que defende o Orlando Pride (Estados Unidos), sofreu uma lesão no ligamento cruzado do joelho esquerdo. Já a centroavante de 37 anos (que está no Santos e é a maior artilheira brasileira em Copa América, com 31 gols) não é chamada por Pia desde abril de 2021, quando foi convocada para um período de treinos.
Sem o trio de estrelas, a atacante Debinha (30 anos) e Tamires (34), ambas com 122 jogos pela seleção, são as vozes da experiência de uma delegação renovada. Das 23 convocadas, 18 disputarão a Copa América pela primeira vez e 13 não chegam a ter 20 partidas com a amarelinha (Duda Sampaio sequer estreou na equipe principal). Seis das atletas possuem, no máximo, 23 anos, sendo que boa parte delas (a zagueira Tainara, a volante Angelina e as meias Ary Borges e Kerolin) vêm sendo titulares nos testes realizados por Pia.
Para a estreia diante das argentinas, são dois desfalques: Luana e a meia Duda Francelino, ambas infectadas pelo novo coronavírus (covid-19). A expectativa é que Pia escale a seleção com: Lorena; Fê Palermo (Antonia), Tainara, Rafaelle e Tamires; Angelina, Ary Borges, Kerolin e Adriana; Debinha e Geyse (Bia Zaneratto).
Boa parte das seleções que participam da Copa América reúnem nomes conhecidos de quem acompanha o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino. A Argentina, por exemplo, tem três jogadoras que atuam aqui: a zagueira Agustina Barroso (Palmeiras), a lateral Eliana Stábile (Santos) e a atacante Sole Jaimes (Flamengo). As uruguaias Karol Bermúdez e Luciana Gómez defendem o Atlético-MG (assim como a também meia Dayana Rodriguez, convocada pela Venezuela).
A relação de convocadas da anfitriã Colômbia tem a zagueira Monica Ramos (Grêmio) e a meia Liana Salazar (Corinthians). Já o Paraguai é a equipe estrangeira com mais atletas que jogam no Brasil: a zagueira Verónica Riveros (São José), a lateral Camila Arrieta (Avaí/Kindermann) e as meias Fabíola Sandoval (Avaí/Kindermann), Fany Gauto (Ferroviária) e Graciela Martínez (Vasco). Destaque, ainda, ao Equador, que é dirigido por Emily Lima, ex-técnica de Santos, São José e da própria seleção brasileira.
Como acontece no futebol masculino, as estrelas da modalidade feminina atuam, principalmente, na Europa. Entre as estrangeiras em evidência no Velho Continente que estão Copa América vale destacar a chilena Christiane Endler, do Lyon (França), atual melhor goleira do mundo, e a atacante venezuelana Deyna Castellanos, recém-contratada pelo Manchester City (Inglaterra).
Na seleção brasileira, sete das 23 convocadas jogam na Europa. Três estão na Espanha: a zagueira Antonia (Levante) e as atacantes Geyse e Gio (ambas no Barcelona). Duas atuam na Alemanha: Tainara (Bayern de Munique) e a lateral Letícia Santos (Eintracht Frankfurt). Há ainda uma na Itália (Kathellen, da Inter de Milão) e uma na Inglaterra (a também zagueira Rafaelle, do Arsenal).
09/07 – Brasil x Argentina – 21h (horário de Brasília)
12/07 – Brasl x Uruguai – 18h
18/07 – Brasil x Venezuela 18h
21/07 – Brasil x Peru – 21h*
Por: Agência Brasil
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