Está confirmado. O Rio Open, maior evento de tênis da América do Sul, terá de novo um número 1 do ranking mundial. Nesta terça-feira (24/01), a ATP divulgou a lista de tenistas da chave principal de simples, e o espanhol Carlos Alcaraz, atual campeão, desponta na relação. O último líder do ranking que disputou o torneio foi o compatriota Rafael Nadal, em 2014. A edição deste ano, de 18 a 26 de fevereiro, será no Jockey Club Brasileiro, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro.
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Outra boa notícia será a presença garantida de quatro brasileiros na disputa de simples: Thiago Monteiro (77º no ranking mundial), João Fonseca, de 16 anos – classificado às oitavas do Aberto da Austrália juvenil -, Matheus Alves e Thomaz Bellucci, que vai se despedir das quadras e será homenageado durante o torneio.
“Convencer um campeão a vir defender o título é sempre mais fácil”, festeja Luiz Carvalho, diretor do torneio. “O Alcaraz tem um carinho especial pelo Rio Open, pois o primeiro ATP dele foi aqui, em 2020, e isso faz com que conheça o público, cria uma identidade. E ele gosta do saibro. Mas defender o título é o que mais atrai”, afirma o dirigente.
O Rio Open vai para sua nona edição, e foi há três anos que Alcaraz, então com 16 anos, recebeu um convite para a chave principal. Foi no Rio a primeira vitória dele como profissional. Dois anos depois o espanhol levantou o troféu do Rio Open, seu primeiro título na carreira. Na sequência foi somando conquistas – ATP 500 de Barcelona e US Open – até que assumiu o topo do ranking mundial. Sem quererem criar muitas expectativas, os organizados não escondem o desejo de ver o mesmo caminho ser trilhado por outro tenista: o brasileiro João Fonseca.
A exemplo do que já ocorreu em edições anteriores, o Rio Open 2023 terá uma partida-exibição de tenistas cadeirantes, mas os nomes ainda não estão confirmados.
“É uma oportunidade que temos de tentar divulgar um pouco mais a modalidade, tão carente de espaço na mídia”, reconhece Luiz Carvalho. Sobre a volta de uma chave feminina – já houve participação de tenistas mulheres em três edições do torneio – existe um projeto, mas nada ainda consolidado. O desempenho das brasileiras em competições internacionais, incluindo a dupla Luisa Stefani e Laura Pigossi (bronze nos Jogos de Tóquio ), faz com que essa possibilidade aumente.
“Mas precisamos de 12 a 18 meses para consolidar um projeto”, ressalta Luiz Carvalho.
Mas não será só de tênis que o Rio Open vai tratar. Sustentabilidade e diversidade estão na pauta do evento, que promete movimentar R$ 30 milhões de reais e atrair 60 mil pessoas, 30% delas de fora do Rio de Janeiro. A diretora geral do torneio, Marcia Casz, revela que na edição 2023 haverá uma ouvidora para tornar o Rio Open “mais inclusivo”. Ela diz que haverá “um espaço de acolhimento” para as pessoas serem ouvidas.
“Vamos disponibilizar um número de whatsApp para o público e para quem está envolvido no trabalho se manifestar”, garante Casz.
“Entre os nossos pilares, desde 2013, existe o ‘fazer o bem’. Por isso esse passo em busca de maior diversidade, os projetos sociais e também a preocupação com a sustentabilidade. Este ano, o espaço Rio Open Green vai receber todas as pessoas que estiverem com ingresso para descarbonizar o deslocamento até o local do evento. Para que elas também façam parte desse movimento. Somos um evento carbono neutro, reconhecido pela ONU, e com o apoio da NEGIE, todas as emissões de carbono geradas pelo Rio Open serão transformadas em crédito a serem cedidos para uma hidrelétrica com projeto de energia renovável”, completa Marcia Casz.
Por Sergio du Bocage
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