Suspeita: Presidente do INSS é exonerado após operação que investiga descontos indevidos em benefícios Alessandro Stefanutto foi afastado do cargo por determinação do presidente Lula após operação da PF e CGU identificar esquema bilionário de cobranças não autorizadas a aposentados

A exoneração de Alessandro Stefanutto da presidência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União nesta quarta-feira (23). A portaria que formaliza o desligamento é assinada pela ministra substituta da Casa Civil, Miriam Belchior.

A medida foi tomada após a deflagração da Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), que investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados nos benefícios de aposentados e pensionistas. Estima-se que aproximadamente R$ 6,3 bilhões tenham sido descontados irregularmente entre os anos de 2019 e 2024.

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A demissão de Stefanutto foi determinada diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mais cedo, a Justiça Federal já havia determinado o afastamento cautelar do agora ex-presidente do INSS e de outros cinco servidores públicos.

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Procurador federal de carreira, Stefanutto esteve à frente da Procuradoria-Federal Especializada junto ao INSS de 2011 a 2017. Em julho de 2023, assumiu a presidência da autarquia, indicado pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. Após a operação, Lupi reforçou que todos os investigados devem ter garantido o direito à presunção de inocência.

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