

04 de agosto de 2025 – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (04 de agosto de 2025) que os minerais críticos e as terras raras podem ser incluídos nas negociações com os Estados Unidos, em resposta ao tarifaço de 50% aplicado por Donald Trump a produtos brasileiros.
Durante entrevista à BandNews, Haddad destacou que o Brasil possui recursos estratégicos que interessam à economia americana.
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“Temos minerais críticos e terras raras. Os Estados Unidos não são ricos nesses minerais. Podemos fazer acordos de cooperação para produzir baterias mais eficientes”, declarou o ministro.
Entre os principais minerais críticos estão o lítio e o nióbio, essenciais na produção de baterias elétricas e processadores de inteligência artificial (IA). Desde maio, o governo brasileiro discute um novo marco regulatório para IA e datacenters.
Haddad também comentou sobre o plano de contingência que será divulgado até quarta-feira (6), quando as tarifas americanas passarão a valer. Segundo o ministro, o pacote incluirá linhas de crédito especiais e apoio para compras governamentais.
O vice-presidente Geraldo Alckmin já havia informado que as medidas estão prontas. A expectativa é atenuar os impactos do tarifaço sobre setores exportadores brasileiros.
Ainda segundo Haddad, existe a chance de novos produtos entrarem na lista de exceções dos EUA até o prazo final. O governo brasileiro continuará negociando para reduzir os danos da taxação.
“Não vamos sair da mesa de negociação até que possamos vislumbrar um acordo com interesses em comum. Nesses termos, o Brasil não fará um acordo, porque não há lógica na taxação imposta”, afirmou o ministro.
Um dos setores que podem ser beneficiados é o de exportação de café. Após reunião com Alckmin, o presidente do Cecafé, Marcio Ferreira, afirmou que há 50% de chance do produto ser excluído da lista de tarifas.
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Tags: Fernando Haddad, minerais críticos, terras raras, tarifaço EUA, governo Trump, Donald Trump, exportações brasileiras, café, lítio, nióbio, inteligência artificial, IA, datacenters, comércio internacional, economia brasileira, Geraldo Alckmin