Mestre da geração que se tornaria conhecida por “Pessoal do Ceará” ao abrir espaços na indústria fonográfica nacional no início dos anos 70, Rodger Rogério, 78 anos, cantor, compositor, violonista, destaque como ator nos filmes “Bacurau”, “Greta” e “Pacarrete”, faz show especial na sexta-feira (25/03), às 20h, no BNB Clube (Av. Santos Dumont, 3646), pelo projeto Jazz em Cena, do Centro Cultural do Banco do Nordeste (CCBNB) Fortaleza. Entrada franca, com apresentação do comprovante de vacinação.
Será a estreia do espetáculo “Rodger Rogério – Bossa, Jazz e Algo Mais”, dedicado à interpretação de canções que influenciaram a formação musical de Rodger, em uma homenagem a grandes ídolos que marcaram seu crescimento como ouvinte, na Fortaleza dos anos 60.
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Standards do jazz, músicas da era do samba-canção, da fase mais imediatamente pré-bossa nova, da bossa e outras relacionadas serão apresentadas por Rodger, em um espetáculo que privilegia o intérprete, de expressão personalíssima, teatral, enfática. Inconfundível!
Assim, Rodger Rogério, autor de clássicos da música cearense, como “Chão sagrado” (parceria com Belchior), “Falando da vida” (com Dedé Evangelista), “Retrato marrom” (com Fausto Nilo) e “Barco de cristal (com Fausto e Clôdo Ferreira), apresentará ao público do projeto Jazz em Cena um outro lado de seu trabalho. Canções que o influenciaram e que ele revisitará no palco, com arranjos do maestro Luciano Franco e na companhia de outros grandes músicos da cena cearense: Adriano Oliveira (teclado), Jorge Doudement (sax e flauta), Glauber Azevedo (contrabaixo), Paulinho Santos (bateria).
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Do “Balanço Zona Sul”, de Tito Madi”, à “Discussão” de Tom Jobim e Newton Mendonça. De “Você e eu”, de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, a “Sem dizer nada”, do cearense Aleardo Freitas. De “Cry me a river”, de Arthur Hamilton, a “Diamond”, música do próprio Rodger com letra e inglês, “Esquina predileta”, primeira composição de Rodger, influenciada pela bossa, e “Fox-lore”, parceria entre Rodger e Dedé Evangelista, do disco “Chão sagrado”, de 1975. Possibilidades do repertório do novo espetáculo, que havia sido idealizado antes da pandemia e agora se concretiza no projeto Jazz em Cena.
“Meu trabalho sempre foi muito ligado às minhas composições, mas, desde o momento em que eu passei a gostar realmente de cantar, de interpretar, tenho muito prazer em apresentar canções de outros autores. Esse show é uma grande oportunidade para isso e para mergulhar no universo do samba-canção, da pré-bossa e da bossa nova, de composições de autores cearenses que têm a ver com essa forma de compor. E de cantar”, destaca Rodger Rogério.
Na Fortaleza dos anos 60, Rodger Rogério também tocou contrabaixo acústico, um dos instrumentos mais utilizados no jazz. Agora, com sua caixinha de som conectada ao celular e a serviços de streaming como o Deezer, adora descobrir “novas e antigas novidades”, entre elas intérpretes de jazz e bossa nova, do Brasil e de outros países. Desse modo, muitas surpresas estão garantidas ao público. Assim como o canto forte, expressivo, personalíssimo de Rodger Rogério. Um mestre da música do Ceará para o Brasil, que nos brinda com bossa, jazz e algo mais.
O “velho menino” Rodger Rogério (título de seu EP mais recente, lançado em 2019), que também lançou os discos “Meu Corpo, Minha Embalagem, Todo Gasto na Viagem” (1973, com Téti e Ednardo), “Chão Sagrado” (1975, com Téti) e “Ao Vivo na Feira da Música” (2004), se prepara em 2022 para gravar um novo álbum de inéditas, incluindo três parcerias inéditas com Belchior. É pai, avô, bisavô, físico, radialista, professor aposentado, “criador da matéria e do imaterial”, com música, cinema, amizades, alegria. “Me sinto começando, sempre. Sempre com o desafio de fazer melhor, interpretar melhor. Além de compor e atuar, cantar é o que mais gosto de fazer. Quero cantar muito, muito. Sempre cantar”, revela Rodger. Cantemos com ele.
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